Negociação, já! Negociata, não!
Diante do crescimento da greve, que já é manchete pelos quatro cantos do estado, o governo Alckmin se mexe... mas decide “negociar” com os diretores de unidade, ou melhor, consigo mesmo!
26/5/2011
Diante do crescimento e visibilidade da greve, Superintendência e governo estão se mexendo. O problema é que estão fazendo isso de maneira arbitrária, torta, claramente tentando enfraquecer a representação sindical e a categoria, fazendo “propostas” para dividir os trabalhadores. Decidiram chamar de “negociação” as reuniões que fizeram com diretores de unidade, ou seja, cargos de confiança do próprio governo.
O que eles “negociaram”
O “sindicato” dos diretores, que se auto denomina “Comitê de diretores”, não consultou nenhum dos milhares de grevistas, mas não titubeou em “representar” a categoria. No final da tarde do dia 25/5, a Superintendência espalhou pelos e-mails dos trabalhadores uma nota intitulada “Compromisso do governo de SP”.
Segundo a nota, o governo assume o “compromisso” de apresentar, no dia 31/5, os critérios para a promoção e progressão funcional, coisa que deveria ter feito há três anos. Também se “compromete” a valorizar o início das carreiras; o texto é dúbio sobre o que seria isso, mas deixa claro que tudo será descontado na nova carreira, “prometida” ainda para este ano.
Para os funcionários administrativos, a “promessa” é de “apresentar melhorias em 20/6”.
A nota informa, ainda, que os interlocutores do governo na discussão do novo plano de carreira serão estes mesmos diretores! A categoria está fora da discussão!!!!
A iniciativa do governo, movido pela pressão da greve, não vai no sentido de amenizar os problemas que levam ao desespero milhares de professores e funcionários do Centro Paula Souza. Ao contrário, trata-se de uma ação política para tentar quebrar a espinha dorsal da greve, sem atender minimamente as reivindicações apresentadas pelo legítimo representante da categoria, o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza.
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