terça-feira, 31 de maio de 2011

Amanhã aulas normais

Pessoal, depois de muito lutar em mares obscuros e negros relato em nosso blog que salvo discordância da maioria em reunião( a ser realizada hoje a noite), declaro suspensão temporária a greve dos trabalhadores de nossa escola.
Portanto amanhã (quarta-feira) 01/06/2011 , AULA NORMAL.

Proletários Centro Paula Souza!!!! A LUTA CONTINUA!!!


Luis

segunda-feira, 30 de maio de 2011

É assim que se faz!!!

Alckmin é vaiado em Mongaguá
 
30/5/2011
Os grevistas do litoral sul de São Paulo mostraram ao governador Geraldo Alckmin, ao vivo e em cores, toda a insatisfação da categoria. Durante a visita de Alckmin à plataforma de pesca, em Mongaguá, no dia 27/5, os grevistas compareceram em peso e fizeram muito barulho, que rendeu muitas matérias na imprensa local e estadual, como esta publicada no jornal O Estado de S. Paulo. Acompanhe:
 

Professores grevistas vaiam Alckmin durante reinauguração de plataforma de pesca

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi vaiado durante a manhã por um grupo de professores e funcionários do Centro Paula Souza, mantenedor das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e das Faculdades de Tecnologia (Fatecs), que compareceram à reinauguração da plataforma de pesca de Mongaguá. As instituições estão em greve desde o último dia 13, um dia após o governo ter anunciado reajuste de 11% para professores e funcionários.

Com cartazes que citavam os baixos salários e o vale-refeição de R$ 4, os manifestantes gritavam "au au au aumento de um real" e "robalo", durante discurso do governador, que citava a pescaria. Uma manifestante constrangeu o governador e outras autoridades presentes ao evento quando, segurando uma rosa para entregar a Alckmin, subiu ao palco, pegou o microfone e rapidamente reivindicou um aumento maior para os professores.

"Estamos há seis anos sem reajuste e eles ofereceram 11%, o que não cobre ne m a inflação de dois anos", disse o coordenador do curso de Eletrotécnica da Etec Aristóteles Ferreira, de Santos, Osmar Quintas Valentim.

O governador disse que "hoje apenas 10% dos professores e funcionários estão em greve, mas temos certeza que em breve tudo estará resolvido". Após inaugurar a plataforma de pesca de Mongaguá, Alckmin seguiu para São Vicente, para entregar as chaves de 158 moradias de dois empreendimentos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), no Jardim Samaritá.


Fonte: Agência Estado

domingo, 29 de maio de 2011

ATENÇÃO

Reunidos em assembleia na noite de sexta-feira, os professores decidiram por maioria de votos manter a greve até o dia 01/06, próxima quarta-feira, quando será realizada nova assembleia. Fiquem atentos!

sábado, 28 de maio de 2011

Encomenda para nós!

Três pizzas de entrada e um Comitê de Diretores de ‘saideira’....

O governo, através de seus secretários, apresentou ao Sindicato os critérios de avaliação para os trabalhadores da instituição evoluírem....

Numa rápida apresentação em Power Point, a assessoria do Ceeteps mostrou três círculos, fatiados em 05 pedaços.

Um círculo para os docentes, um para os auxiliares docentes e um para os funcionários administrativos.

Nas 5 fatias, os tais critérios (atrasados em três anos), ainda não estavam prontos... esta foi a alegação do governo para não disponibilizar o arquivo para o SINTEPS.

1 fatia correspondente ao SAI

1 fatia correspondente à Avaliação do Chefe

1 fatia correspondente à Auto Avaliação

As duas demais fatias variavam conforme o caso:

- Para docentes: prova e atualização profissional.

- Para os auxiliares docentes, meia prova, meia avaliação do coordenador e outra de atualização profissional.

- Para os funcionários administrativos, uma de avaliação do público interno e outra de atualização profissional.

Como os pedaços estavam guardados por três anos, os sabores não agradaram aos integrantes do Sindicato, que pediram ao governo que discutíssem, juntos, os mesmos para a nova carreira e que, num gesto de comprometimento com os trabalhadores, fizessem a evolução e a progressão funcional imediata para TODOS OS TRABALHADORES, a partir de 1º de junho.

O governo quis empurrar goela abaixo as fatias... Não conseguiu, pediu um Comitê de Diretores de ‘saideira’...........................................................

sexta-feira, 27 de maio de 2011

ilegalidade

Negociação, já! Negociata, não!

Diante do crescimento da greve, que já é manchete pelos quatro cantos do estado, o governo Alckmin se mexe... mas decide “negociar” com os diretores de unidade, ou melhor, consigo mesmo!

26/5/2011

Diante do crescimento e visibilidade da greve, Superintendência e governo estão se mexendo. O problema é que estão fazendo isso de maneira arbitrária, torta, claramente tentando enfraquecer a representação sindical e a categoria, fazendo “propostas” para dividir os trabalhadores. Decidiram chamar de “negociação” as reuniões que fizeram com diretores de unidade, ou seja, cargos de confiança do próprio governo.
O que eles “negociaram”

O “sindicato” dos diretores, que se auto denomina “Comitê de diretores”, não consultou nenhum dos milhares de grevistas, mas não titubeou em “representar” a categoria. No final da tarde do dia 25/5, a Superintendência espalhou pelos e-mails dos trabalhadores uma nota intitulada “Compromisso do governo de SP”.

Segundo a nota, o governo assume o “compromisso” de apresentar, no dia 31/5, os critérios para a promoção e progressão funcional, coisa que deveria ter feito há três anos. Também se “compromete” a valorizar o início das carreiras; o texto é dúbio sobre o que seria isso, mas deixa claro que tudo será descontado na nova carreira, “prometida” ainda para este ano.

Para os funcionários administrativos, a “promessa” é de “apresentar melhorias em 20/6”.

A nota informa, ainda, que os interlocutores do governo na discussão do novo plano de carreira serão estes mesmos diretores! A categoria está fora da discussão!!!!

A iniciativa do governo, movido pela pressão da greve, não vai no sentido de amenizar os problemas que levam ao desespero milhares de professores e funcionários do Centro Paula Souza. Ao contrário, trata-se de uma ação política para tentar quebrar a espinha dorsal da greve, sem atender minimamente as reivindicações apresentadas pelo legítimo representante da categoria, o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Petição On Line

Meus Amigos / Minhas Amigas,

Acabei de ler e assinar o abaixo-assinado online: «Apoio a Greve dos Professores e funcionarios do Centro Paula Souza»

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=Etec

Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que você também pode concordar.

Assine o abaixo-assinado e divulgue para seus contatos. Vamos juntos fazer democracia!

Obrigado,
Márcio Adriano Bredariol

Palestra com Engenheiro Ambiental

Amanhã, 27/05, teremos palestra do projeto profissões para os alunos do ensino médio no auditório da Secretaria da Educação. A palestra será com o Engenheiro Ambiental Sr. Andrey, da HML Ambiental (www.hmlambiental.com.br) o qual falará para vcs sobre as funções desempenhadas pelo engenheiro ambiental no mercado de trabalho. É importante a presença de todos, principalmente daqueles que pretendem seguir na carreira. Teremos uma hora de palestra. A mesma se inicia as 10 da manhã e termina as 11 horas quando será aberto um espaço para perguntas o qual durará 30 minutos. Contaremos como dia letivo.

Prof. Márcio

GOVERNO ILEGAL

Meu problema é gostar de obedecer a LEI. Por exemplo:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
(...)
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
(...)
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
(...)
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
(...)
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Ou o governador do estado resolveu brincar de jogo dos Sete Erros com a constituição, ou não tem o menor respeito pelo texto que deveria obedecer e proteger. De minha parte, se ele quer combinar com os diretores que eu preciso de um sapato novo, aceitarei o presente. MAS NO MOMENTO, ESTAMOS EM GREVE. É COM A NOSSA GREVE QUE ELE TEM QUE NEGOCIAR.

É a lei.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Aos interessados em ir ao Ato de amanhã (25/5) na ALESP (assembleia legislativa de São Paulo)

Aqueles que tiverem interesse de ir ao ato de amanhã na ALESP podem ir ao Rosa para pegar a conduçaõ gratuita.
Aqueles que não confirmaram podem aparecer na escola, pois sobram vagas no ônibus.
Os menores de idade precisam da autorização postada na segunda aqui neste blog.
A saida do ônibus está marcada para 12h.
levem rg.

Resposta aos demagogos

Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula
Souza repudia nota do governo Alckmin

23/5/2011

Abaixo, texto que está sendo enviado à imprensa nesta segunda-feira, 23/5/2011, em resposta à nota do governo divulgada na sexta-feira, 20/5/2011:

“O Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza/Ceeteps), que representa os professores e funcionários das ETECs e FATECs, vem a público repudiar as falsas informações divulgadas pelo governo do estado de São Paulo na última sexta-feira, 20/5/2011, em nota enviada à imprensa. Vamos aos fatos:

A razão política que move a direção do Sindicato e a categoria a deflagrar a greve por tempo indeterminado é o DESCUMPRIMENTO DA POLÍTICA SALARIAL DOS TRABALHADORES DO CEETEPS.
O governo demonstra a “valorização” do ensino técnico e tecnológico com o pagamento de R$ 4,00 de vale alimentação aos seus trabalhadores, piso salarial de R$ 510,00 aos funcionários, hora aula de R$ 10,00 na ETEC e de R$ 18,00 na FATEC, escolas de informática sem acesso à Internet, entre outras mazelas estruturais.
A situação da categoria é dramática e humilhante, como ficou estampado nas dezenas de depoimentos prestados durante o ato realizado na sexta-feira, 20 de maio, na Avenida Paulista: “Amo minha profissão, amo dar aulas, mas não é possível continuar com R$ 10,00 a hora aula.”
O reajuste de 11% anunciado em maio, após a deflagração da greve, está anos luz defasado em relação às perdas salariais da categoria. Foi anunciado pelo governo e jamais negociado. E, como ainda não foi enviado à Assembléia Legislativa de São Paulo, para ser concretizado em lei, não será pago antes de agosto.
Após três anos e 10 dias da aprovação da Lei 1.044/2008, que institui o plano de carreira atual dos professores e técnico-administrativos do Ceeteps, somente agora o governo começa a falar sobre os critérios para progressão, o que deveria ter sido feito há muito tempo. Na reunião de sexta-feira, 20/5, o governo mostrou numa apresentação em Power Point os possíveis critérios pelos quais fomos avaliados nestes últimos três anos e sequer forneceu cópia do material ao Sindicato.
Apenas metade da categoria estará apta a progredir na carreira, mas não significa que todos chegarão lá. O Sindicato avalia que não mais que 10% da categoria progredirão.
O governo também prometeu apresentar, daqui a 60 dias, o modelo da estrutura do novo plano de carreira. Se levarmos em conta que o último plano de carreira foi apresentado em 1998 e implantado em 2008, talvez em 2021 a valorização profissional seja realidade no Ceeteps.
O Sindicato e a categoria não são radicais. Apenas cansamos da cantilena do governo de que, um dia, reconhecerá nosso trabalho e valor. Somos profissionais e exigimos respeito. O mesmo respeito que dedicamos aos nossos alunos, pois, mesmo aviltados há anos pelo governo do estado de São Paulo, cumprimos o nosso papel. Prova inconteste são os resultados do ENEM, ENADE e empregabilidade de nossos alunos.
Por vivenciar conosco a falta de condições concretas para a realização de uma educação profissional e tecnológica de qualidade é que boa parte dos nossos alunos está apoiando o movimento. Eles preferem ficar um período sem aulas do que permanecer o ano todo sem professores. A evasão de docentes e funcionários nas ETECs e FATECs é alta. Quem está prejudicando os alunos é o governo, que não negocia e que não conhece a realidade das escolas.
Dia 20/5 não houve negociação de fato. O Sindicato apresentou várias maneiras de o governo sinalizar concretamente aostrabalhadores que realmente está preocupado em valorizar os dedicados profissionais do Ceeteps. A todas, o governo disse não.
Radical é o governo. A categoria está em luta porque o arrocho salarial é insuportável e porque sabe que merece mais.
No momento em que a sociedade clama por profissionais capacitados para dar conta do desenvolvimento econômico que se apresenta, é desastroso que o estado mais rico da federação demonstre tamanho descaso com a educação técnica e tecnológica.
São Paulo, 23 de maio de 2011.

Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza

Trabalhadores das ETECs e FATECs em greve

Para quem não viu, abaixo a nota do governo:

"O Governo do Estado de São Paulo repudia o movimento grevista, uma iniciativa claramente política, patrocinada pelo sindicato no momento em que o Governo demonstra seu compromisso com a valorização do ensino técnico e tecnológico:

a) anunciou um reajuste de 11%, feito já nos primeiros meses do primeiro ano de governo;

b) definiu os critérios para a avaliação de desempenho, que será realizada em junho, e possibilitará aos que obtiverem o mérito um ganho que, somado ao reajuste, pode chegar a até 24%, ainda este ano;

c) também propôs um novo plano de carreira, que está sendo construído pelo Centro Paula Souza, com apoio de especialistas de ensino, que deverá ser apresentado num período de até 60 dias.

É importante ressaltar que benefícios como a progressão por mérito e a adoção de um novo plano de carreira dependem diretamente da participação e envolvimento efetivos dos profissionais da rede, que serão prejudicados com a radicalização do sindicato.

Hoje, dia 20 de maio, em mais um esforço de negociações, foi realizada reunião entre representantes do sindicato e das Secretarias de Gestão Pública e do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e do Centro Paula Souza, na qual foram apresentadas e debatidas as questões acima relacionadas.

Esperamos o bom-senso do sindicato, reconhecendo o esforço e as ações que o
governo efetivamente está fazendo e não prejudicando o período letivo de
milhares de alunos do Centro Paula Souza."

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ato dia 25/5, ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Na quarta feira, 12h, teremos a saída para um ato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Este ato será aberto para todos os interessados.
Os maiores de idade devem manifestar seu interesse em participar do ato apresentando seu RG aos professores que estarão com a lista na escola.
Os menores de idade interessados em ir devem retirar a autorização postada no Blog. Além disso, também devem se inscrever com os professores responsáveis pela lista na escola.
Alunos menores de idade sem autorização não poderão embarcar.
O interesse deve ser manifestado até amanhã, terça-feira dia 24/5, até as 15h.
Qualquer dúvida entre em contato com os professores na escola.
O sindicato pagará todas as despesas da ida à São Paulo.

Modelo de autorização para alunos menores de idade.

Autorização para participação dos atos:
Eu, Sr(a).__________________________________________________________________, R.G.______________________________________________________autorizo meu filho(a) ______________________________________________ , R.G. ____________________a participar do ato na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, dia 25 de março de 2011.
Horário de partida: 12h.
Horário previsto para chegada: 19:30.
_________________________________________________________________
(Assinatura do Responsável)
Contato de professor responsável no dia do ato: Professor Thomaz 11-95433731.

sábado, 21 de maio de 2011

Educação: Problema em São Paulo e no Brasil!!!

http://www.youtube.com/watch?v=RDc0-To4JoQ

A vez do aluno retorna:

Saiu no site do Estadão, seção de cartas, em http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110516/not_imp719668,0.php



EDUCAÇÃO, GOVERNO E GREVE

Tenho 16 anos e durante a minha vida inteira estudei em escola pública. No ano passado comecei a cursar o ensino médio na Etec Horácio Augusto da Silveira, na Vila Maria, e realmente o ensino é muito diferenciado. Não é à toa que o Estado põe as Etecs na frente da vitrine eleitoral e o "investimento" nelas está sempre na ponta da língua do governador. Não é à toa que todo mundo quer uma Etec na sua cidade, no seu bairro e no seu currículo. E assim dá até para acreditar que o governo está investindo na educação.

Porém, são acontecimentos como os dos últimos dias que nos fazem ver a triste realidade por trás dos comerciais de campanha eleitoral: na terça-feira, 10 de maio, foi anunciada a greve eminente dos funcionários do Centro Paula Souza, lutando por melhores condições de trabalho e por um reajuste salarial que não é feito desde 2005.

Hoje um professor de Etec ou Fatec ganha menos que um da rede pública, e sem os direitos de servidor público, enquanto o Estado se vangloria de entregar prédios a torto e a direito e usa isso como isca para eleitores a cada quatro anos.

É realmente triste saber disso. Até a alegria de passar num vestibulinho perde um pouco o brilho. Mas pior ainda é perceber que esses fatos sintetizam bem o modo como é tratada a educação hoje, não só em São Paulo, mas no Brasil inteiro. Colocada sempre em segundo plano, atrás de concepções burras de sucesso sustentadas pela mídia e por um governo que considera mais importante o produto interno bruto de um país, e não o seu desenvolvimento cultural e ético.

É incrível como, num país com tantas necessidades, o professor seja tratado com tanto desrespeito, como se o seu papel na sociedade não tivesse utilidade alguma. É incrível como, num país com tantos sonhos de desenvolvimento, a educação seja tratada apenas como propaganda eleitoral. O governo não dá atenção ao fato de que o professor tem de estudar muito para fazer o que faz. Não é apenas entrar na sala e escrever alguma coisa na lousa. O professor transforma o aluno num cidadão pensante, num eleitor pensante - talvez por essa razão a educação seja menos importante aos olhos do governo.

Realmente fico triste com a greve dos professores. Não porque eu seja "amiguinho" dos professores da minha escola. Há alguns de quem eu nem gosto tanto assim, mas depois da notícia da greve finalmente tive a noção de que isso não é problema do professores, nem do governo, nem do Centro Paula Souza. É problema meu e seu, é problema do Brasil. O Brasil formado por alunos, não por "animais com direito de voto", formado por gente que faz o futuro, não pela parcela medíocre do passado que ainda está no poder.

Formado por gente que tem noção de que um país só tem crescimento e desenvolvimento se estiver fundamentado numa coisa, acima de tudo: educação.

Sem ela nós não temos chance de nada, e as ideias futuristas de Brasil documentadas por Stefan Zweig perdem todo o sentido, todo o sangue derramado durante a ditadura perde todo o valor e qualquer evolução econômica não tem nenhuma importância.

Sem educação nós não somos nada.

E parece que o governo não se ligou nisso ainda...

Lucas Paulo da Costa guni_lucas@hotmail.com

São Paulo

________



P.S.: Estou perdendo o sono com isso... mas aderi à greve mesmo assim.



Abraço,

Sangue latino- Eduardo galeano

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ato 20/5

Duas mil pessoas gritam na Paulista: “A greve continua. Geraldo, a culpa é sua!”



20/5/2011

Cerca de duas mil pessoas lotaram o vão livre do MASP, na avenida Paulista, em São Paulo, nesta sexta-feira, 20 de maio. Professores, funcionários e estudantes da capital e dezenas de cidades do interior gritaram palavras de ordem pedindo reajuste salarial, melhores condições de trabalho e de infraestrutura nas ETECs e FATECs.

Após o ato, os manifestantes desceram em passeata até a frente das Secretarias de Gestão e de Desenvolvimento, na rua Bela Cintra, onde novo ato foi realizado.

Negociação ou enrolação?

Na manhã do mesmo dia, ocorreu uma negociação entre Sinteps, o Secretário de Gestão, Júlio Semeghini, o Secretário Adjunto do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Luciano Pereira Barbosa, o Vice-Diretor Superintendente do Ceeteps, César Silva, e outros assessores.

Embora bastante questionado pelo Sinteps, Semeghini disse que não havia nenhuma proposta nova de reajuste.

Os representantes do governo e do Ceeteps limitaram-se a dizer que a progressão funcional vai ocorrer “mesmo”. No entanto, somente 50% da categoria está apta a “concorrer” à progressão. Destes, quantos irão progredir não se sabe.

A greve continua!

Diante da enrolação em que se traduziu a negociação, a greve continua! É hora de fortalecer o movimento e ampliar cada dia mais a adesão.

Audiência pública na Alesp em 25/5

Agendada pelo deputado Carlos Gianazzi, acontece no dia 25/5, quarta-feira, 14 horas, uma audiência pública na Assembleia Legislativa. Segundo Gianazzi, foram convocados a superintendente Laura Laganá e os secretários de Gestão e de Desenvolvimento, para explicar os motivos do arrocho salarial no Centro Paula Souza.

O Sinteps conclama a categoria a participar da audiência pública e a realizar uma grande manifestação na Assembleia.

Nota de Esclarecimento - SARESP

Em reposta à matéria publicada neste jornal em 20/05/2011 intitulada “Escolas Técnicas têm notas menores em avaliação estadual”, venho por meio deste espaço democrático esclarecer uma série de informações em nome, principalmente, do corpo docente e alunos da ETEC Rosa Perrone Scavone.
A avaliação a qual a matéria se refere é o denominado SARESP aplicado anualmente às escolas de São Paulo por parte da Secretaria da Educação Estadual. Em primeiro lugar, a matéria afirma que nos colégios técnicos a média obtida em 2010 foi menor nos dois conteúdos avaliados, Língua Portuguesa e Matemática em relação ao exame aplicado no ano de 2009. Apesar da queda, pouco expressiva por sinal, as escolas técnicas ainda mantêm padrão de qualidade incomparável e possuem médias nos conteúdos avaliados maiores do que as obtidas por qualquer colégio da rede estadual vinculado à Secretaria da Educação. Além disso, tal queda não é realidade em nossa escola, a qual superou as médias obtidas no exame SARESP aplicado no ano de 2009, ficando com médias inclusive, acima do próprio Centro Paula Souza. Se tais médias forem comparadas às demais escolas estaduais existentes no município, novamente a média obtida é maior. Resultados detalhados a respeito do assunto podem ser consultados no site www.saresp.fde.sp.gov.br .
Outro ponto a destacar, é o fato de que a cada ano que passa as ETEC´s, de maneira geral, e mais especificamente a nossa escola, aprovam mais e mais alunos concluintes do Ensino Médio em vestibulares de universidades públicas estaduais e federais. Basta analisar os números do ano anterior relativos à nossa escola onde o índice de aprovação em universidades públicas foi de mais de 40%. Além disso, o sucesso de nossos alunos nas mais diversas olimpíadas estudantis (Química, Física, Astronomia, Geografia...) realizadas ao longo do ano, atesta a qualidade de nosso trabalho. O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) também não deixa dúvidas. Há vários anos estamos entre as escolas com maior pontuação na cidade estando à frente, inclusive, de escolas particulares onde os salários e condições de trabalho e estudo são melhores.
Sendo assim, pensamos ser de suma importância esclarecer a toda comunidade itatibense que o trabalho realizado pelos docentes da ETEC Rosa Perrone Scavone é de primeira qualidade, e não pode ser desmerecido por ninguém, seja por motivos políticos ou ideológicos. Além do mais, a greve na qual estamos envolvidos é justa. Somos professores os quais sobrevivem com uma remuneração de R$10,00 hora/aula e levamos seis anos para obter um reajuste salarial de apenas 11% sem apresentar queda na qualidade do trabalho. Há anos, neste estado, se promove a desvalorização profissional daquele que é a base para a formação de qualquer sociedade digna, justa e igualitária. Enquanto não valorizarmos o professor não sairemos do limbo e marasmo intelectual ao qual estamos condenados. Lutamos por dignidade e respeito! Somos acima de tudo profissionais!


Márcio Adriano Bredariol – Professor de Geografia da ETEC Rosa Perrone Scavone, em nome de todo corpo docente e alunos

Há cinco anos sem aumento e evolução funcional...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ato de Sexta no MASP:

Hoje, no comando de greve da escola, foi decidido que:
Alunos menores de 18 não poderão ir com o transporte do sindicato. Caso esses alunos tenham interesse de estar presente no ato terão de se organizar por conta própria.
Os alunos maiores de 18 anos deverão apresentar o RG e se inscrever na escola Amanhã (19/5, quinta-feira) no período da tarde com o Professor Thomaz.
Os professores interessados em ir ao ato de nível estadual nesta sexta também devem manifestar sua vontade até amanhã.

Urgente: Ato amanhã 8:30 Praça da bandeira!!!!

Hoje, no comando de greve da escola Rosa Perrone, foi decidido que amanhã (19/05, quinta-feira) será realizado o Ato para conseguir o apoio formal do Prefeito João Fattore.
O ato ocorrera da seguinte forma:
8:30 – Concentração e Panfletagem na Praça da Bandeira (coreto)
9:30 – Ida ao paço municipal para conseguir a assinatura do prefeito.
Venham para a luta!!!

Atenção para mudança no calendário de luta!!!



Alunos e trabalhadores do Rosa em greve:
O ato para conseguir o apoio público da prefeitura de Itatiba para nossa luta está suspenso. Estamos tentado marcar para amanhã (quinta-feira, 19/5), mas ainda aguardamos a resposta da prefeitura para saber se o prefeito estará lá ou não.
Atentos grevistas! Esse ato é um importante passo para aglutinarmos força para nossa greve!
Seguimos em luta!!!

Vitória do movimento: Governo reconhece a greve e abre negociação hoje!!!!!

18/5/2011
O governo acaba de abrir negociação com o Sinteps. A reunião está agendada para as 14 horas, nas Secretarias de Desenvolvimento e de Gestão, com a presença da Superintendência do Centro. Com isso, o governo reconhece a existência e a força da greve.
Agora, o papel dos trabalhadores é fortalecer o movimento. Nesta sexta-feira, 20 de maio, às 14 horas, faremos um grande ato público no vão livre do MASP. Não falte!
Ainda hoje serão divulgados os resultados da negociação. Fique atento!

Matemática inexata


Vamos fazer as contas?
 

Em comunicado oficial, o Centro Paula Souza diz que, “das 156 unidades pesquisadas...”.
Quantas unidades têm o Ceeteps? 247.
Quantas faltam para serem pesquisadas? 247 – 156 = 91.
Engraçado: 93 unidades se manifestaram sobre a greve nas assembleias setoriais. Será que são exatamente estas as que não foram “pesquisadas” oficialmente pela Superintendência?

Vídeo Conferencia contará como dia letivo

Atenção alunos, a pedido do professor Marcio Bredariol, venho informar-lhes que:


Dia 24/05 das 10:00h ao 12:00
Vídeo Conferência: Africa - Conflito e transformação política: Egito, Líbia, e Costa do Marfim

Vídeo de Aluno da FATEC

Pessoal segue vídeo de aluno da FATEC

Mais na Imprensa

18 de maio

Nossa greve na imprensa

JI em 15 de maio

Olha a greve aí!!!!!

As unidades que confirmam a
greve no Ceeteps
(Atualizado em 17/5/2011 - 11h)

FATECs: Pindamonhangaba, Barueri, Carapicuíba, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, São Paulo (somente os funcionários), Zona Leste/SP, Indaiatuba, Mogi Mirim, Botucatu, Itu, Sorocaba, Garça, Ourinhos, São José dos Campos, Bauru, São Bernardo, Jaboticabal e Taquaritinga.
ETECs: João Maria Stevanatto (Itapira), Cônego José Bento (Jacareí), Dr. Dario Pacheco Pedroso (Taquarivaí), Carapicuíba, Diadema, Vila Formosa (SP), Sapopemba (SP), Lauro Gomes (São Bernardo do Campo), Jorge Street (São Caetano), Aprígio Gonzaga (SP), Carlos de Campos (SP), Guaianazes (SP), Guaracy Silveira (SP), Martin Luther King (SP), Santo Amaro (SP), São Paulo (SP), Zona Sul (SP), Zona Leste (SP), Conselheiro Antônio Prado (ETECAP/Campinas), Bento Quirino (Campinas), Mogi Mirim, Botucatu, Fernando Prestes (Sorocaba), Rubens de Faria e Souza (Sorocaba), Tatuí, Votorantim, Lins, Catanduva, Monte Aprazível, Votuporanga, Aristóteles Ferreira (Santos), Escolástica Rosa (Santos), São Vicente, Ibitinga, Araraquara, Industrial de Adamantina, Presidente Prudente, Camargo Aranha (SP), Itatiba, Itaquera, José Rocha Mendes (extensão Brasílio Machado, Amadeu Amaral), Horácio Augusto da Silveira (SP), Professor Basílides de Godoy (SP), Vasco Antônio Venchiarutti (Jundiaí), Benedito Storani (Jundiaí), Monsenhor Antônio Magliano (Garça), Dep. Paulo Ornela de Barros (Garça), Artur Alvim (SP), Professor Urias Ferreira (Agrícola, Jaú).
- Unidades em que os alunos aderiramEtec de Itaquera (os alunos)
Etec Zona Leste (os alunos)
Além destas todas, nas quais os trabalhadores confirmam a greve, há dezenas de unidades solicitando a visita do Comando Central de Greve.
A greve é nossa voz!!!!
Em luta até a vitória!!!

domingo, 15 de maio de 2011

Informe-se

Clique no linK e leia a entrevista do sindicato para a carta capital

Greve começa forte!!!Confira nossas atividades.

No dia 13/05, última sexta-feira, em assembleia extraordinária,os trabalhadores da Escola Técnica Estadual Rosa Perrone Scavone decretaram greve com ampla maioria. Dos 29 presentes, 28 votaram a manutenção da escola em greve (iniciada parcialmente no próprio dia 13/5).
As atividades da escola serão paradas por tempo indeterminado, além disso foi deliberado um calendário de greve.

Calendário de greve. Semana 1 (16/5 – 20/5)

Segunda-feira  16/5
-Colocação de faixa da greve.
- Oficina de propaganda.
- Entrega de panfleto de esclarecimento da greve direcionado aos pais e comunidade de Itatiba e região.
- Coleta de assinaturas do abaixo assinados a favor das ETECs e FATECs do estado.
- Assembleia dos Alunos.
Terça-feira 17/5
- Abaixo assinado
- Oficina de propaganda
- Organização de passeata até a Assembleia municipal para busca de apoio dos vereadores da cidade.
- 16:00: concentração para passeata até a assembleia municipal.
16:30 começo da passeata em defesa das escolas técnicas com destino a assembleia municipal.
Quarta-feira 18/5
8:00 Reunião com os pais dos alunos e comunidade de Itatiba para esclarecer as motivações da greve.
- abaixo assinado.
- Passeata para colher apoio público do Prefeito João Fattore. (horário e atividade ainda serão confirmados)
19:00 Reunião do comando de Greve da Escola.
Quinta-feira 19/5
- Organização de ato em São Paulo
Oficina de propaganda.
Sexta-feira 20/5
- Ato em São Paulo, na secretaria de Desenvolvimento Econômico, ciência e tecnologia.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Veja bem, isso é CEFET ou Institutos federais

Sensível diferença...



A melhor escola pública de São Paulo no ranking do Enem é da rede federal: o Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo) obteve 73,38 pontos, ficando com a sétima posição no ranking paulista e a 37ª posição nacional, entre públicas e particulares. Os alunos do Cefet têm aulas com professores mais bem remunerados e qualificados, já que seus professores são os mesmos professores-doutores que trabalham nas pesquisas e na ala universitária da instituição, com salários que podem chegar a R$9 mil. O mínimo está entre R$2,5 mil e R$3 mil, segundo o diretor do Cefet, Chester Contatori.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Para além do salário!

Ainda assim alguns comentários precisam de uma resposta para esclarecer a situação.
Entre os Alunos, a maior parte dos contrários manifestam essa opinião por causa dos medos relacionados ao desenvolvimento do ano escolar. Preocupações com trabalhos finais, TCC, Diploma, etc..., são extremamente legitimas. Outras são questionáveis, como por exemplo, repor aula no sábado. 
Para os primeiros:
Na última greve que o Centro Paula Souza (CPS) entrou, em 2004, estive presente como aluno da Unicamp, onde estudei. A greve foi feita junto, pois a secretaria que toma conta do CPS é a mesma que dirige as universidades estaduais de São Paulo.
Naquele episódio, alunos se manifestaram exatamente com as mesmas preocupações sobre trabalhos e conclusões de curso entre outros problemas do mesmo gênero. Qual foi a resolução? Houve um calendário novo formulado para complementar os dias de paralização. No caso dos trabalhos houve a criação de uma nova data para entrega destes, uma vez que as bibliotecas ficaram fechadas, o que tornou impossível executar as atividades acadêmicas. No final, todos os problemas foram debatidos, buscando soluções para cada um deles.
Outro caso interessante ocorreu na greve da mesma universidade, em 2007. Houve casos de pessoas que tinham de defender  suas teses de mestrado, doutorado e pós-doc. Essas situações são ainda mais complicadas, na medida em que envolvem bolsas de instituições independentes das universidades, além do fato de que para as mesas destas defesas vinham pessoas de lugares distantes, com datas marcadas meses antes. O que foi feito? Para casos em que não era possível remarcar datas, estas atividades foram garantidas.  
Agora, minha pergunta é: se é possível refazer o calendário, como em outros momentos foi feito no ensino submetido ao controle da secretária de Tecnologia e desenvolvimento do estado de São Paulo, será que é necessário esse cavalo-de-batalha para datas de entrega?
Em ralação a reposição de aulas:
Sem dúvida isso é ruim para o aluno, mas é igualmente ruim (ou ainda pior) para o professor. Correções e preparação de aulas que eram feitas de sábado terão de passar para o domingo, para a noite, madrugada ou horário que sobrar para o docente executá-las. As atividades não deixarão de ser feitas, só serão execução em outro momento.
Agora, pensar nestes problemas esquecendo-se da realidade dos professores, professoras, funcionários e da escola como um tudo, me parece problemático.
Os defensores de tais ideias esquecem que o bom funcionamento dos espaços de ensino ocorre exatamente pelo comprometimento dos trabalhadores das escolas. Os atuais salários do CPS afastam a possibilidade de manter a qualidade de ensino apresentada até anos próximos pelas Etecs e Fatecs, uma vez que os melhores profissionais começam a refutar estes empregos por causa do valor ultrajante que está sendo pago.
Leitores e leitora pensem: Se pessoas reclamam de repor aula, qual será a indagação quando faltarem professores, como ocorreu no Rosa este ano e que já acontece há tempos em outras escolas?
Pensem: Como exigir qualidade de um cidadão que trabalha até mais de 12 horas por dia? Que momento este professor se atualiza, exerce criatividade, ou descansa? Será que esse cansaço não vai se manifestar em uma aula de má qualidade?
Podemos fazer bravatas e debater exaustivamente quem vai se ferrar mais com a greve, mas isso é perda de tempo, pois todos se prejudicam com a paralização.
Porém, toda crise trás em si a possibilidade da mudança e isso é o que me interessa. Como professor, quero uma escola melhor para mim e para os alunos; quero uma escola que não se preocupe se existirá ou não docente em todos os cargos no ano seguinte; quero uma escola que os melhores profissionais façam fila par vir trabalhar (como ocorria dez, quinze anos atrás), quero poder fazer carreira como professor do ensino público gratuito e de qualidade do estado de São Paulo. Mas para isso é necessário mais que minha dedicação: é fundamental que o Estado cumpra sua parte, reajustando como a lei manda os salários, e debatendo a estrutura de ensino e poder dentro do CPS.
Quem está irregular, ou fazendo algo errado, não são os partidários da greve, mas sim o Governador que já no seu décimo sétimo ano de governo (uma vez que o mesmo partido governa SP desde 1995), não conseguiu conduzir uma política de salário nem de administração de forma digna, honesta, sincera, nem constitucional para educação do estado, seja ela regular, técnica, ou de nível superior.
Os que estão bravos com greve devem reclamar para meu patrão: Senhor Geraldo Alkmin, uma vez que ele é o verdadeiro responsável pelo indicativo de paralização. E também devem lembrar que o movimento grevista, seja reivindicando salários, seja por outros pontos da pauta, está lutando sim por melhorias no ensino do CPS, não só para aqueles que já estão dentro do melhor ensino técnico e tecnológico do país, mas também por aqueles que ainda estão esperando sua oportunidade de gozar plenos direitos ao acesso da educação técnica publica, gratuita e de qualidade oferecida pelo Centro Paula Souza.
Educação é direito de todos! Se você é um aluno, professor, ou técnico administrativo do Centro Paula Souza também é sua responsabilidade manter a qualidade, gratuidade e acesso para os cidadãos. A greve também é para isso.

Resultados das assembleias:

Resultados da jornada de assembléias dos dias 28 e 29 de Abril:
Favoráveis ao movimento de greve: 29 (46,03%)
Contrários ao movimento de greve: 16 (25,39%)
Abstenções: 18(28,57%)
Levando em consideração os votantes:
Favoráveis: 64,44%; Contrários:36,36%
Por tais resultados e com as atas apresentadas ao sindicato, a escola Rosa Perrone Scavone indica greve a partir do calendário sindical.
Trabalhador: venha para luta!!!

terça-feira, 10 de maio de 2011

CARTA À COMUNIDADE DAS ETECs E FATECs

Os professores e funcionários das Escolas Técnicas e das Faculdades
de Tecnologia do Centro Paula Souza (Ceeteps) comunicam à comunidade escolar
que, após dois meses sem qualquer resposta do governo às nossas reivindicações
salariais, não nos restou outro caminho senão a GREVE GERAL POR TEMPO
INDETERMINADO.
Apesar da imensa propaganda que o governo faz do nosso trabalho,
nossos salários são os menores do Brasil, poucos trabalhadores têm direito ao vale
transporte; muito poucos têm direito ao vale alimentação (cujo valor é R$ 4,00 por dia);
o governo descumpre a legislação e não implanta os serviços de Medicina e
Segurança do Trabalho nas unidades, o que nos impede de convalescer com
dignidade. Nossa política salarial é desrespeitada desde 1996 e, apesar dos ganhos
judiciais, o governo faz ouvidos moucos e ignora nosso direito ao reajuste salarial
anual.
Durante todo o ano de 2009 e de 2010, tentamos conversar com o
governo, apresentando as reivindicações da categoria e não houve retorno. Com o
novo governo, tentamos novamente e não houve nenhuma sinalização de diálogo.
A situação está insuportável. A categoria não titubeou e votou
maciçamente pela GREVE.
Tanto como os demais trabalhadores do país, somos pais e mães e
temos obrigações com as nossas famílias. Não é possível aguentar mais um ano sem
recomposição das perdas salariais, que já ultrapassam a casa dos 58% para os
professores e 71% para os funcionários.
A história nos mostra o caminho: nosso último reajuste salarial foi em
2005, em razão dos 80 DIAS de GREVE em 2004.
Queremos contar com o apoio de nossos alunos e seus pais, que
pagam impostos e sabem o nosso esforço para manter a qualidade do ensino nas
ETECs e FATECs. Os indicadores educacionais do Ceeteps mostram que, mesmo
aviltados pelo governo há anos, mantemos nosso compromisso com a sociedade
paulista e honramos a função pública que exercemos.
Ainda sabemos que a intenção final do governo em relação ao Ceeteps
é a sua privatização, através do desculpa de que o Estado não terá capacidade de
gerenciar a enorme estrutura que ele próprio criou. Porém, defendemos a escola
pública e sempre estaremos na luta pela manutenção da qualidade e da gratuidade do
ensino, pela valorização dos profissionais da educação e, em especial, da educação
profissional e tecnológica.
Somos profissionais e exigimos respeito!
São Paulo, maio de 2011.
Comando Central de Greve do SINTEPS
Greve começa com ato público na sexta,
13/5. Atenção para as orientações e
calendário de atividades

10/5/2011
Durante a assembleia geral desta terça-feira, 10 de maio, em que os funcionários e professores do Centro Paula Souza aprovaram a greve geral a partir de 13 de maio, foi definido um conjunto de atividades. A primeira delas será um ato de lançamento da greve, na própria sexta-feira, 13 de maio, às 14 horas, no campus da FATEC/SP (Praça Coronel Fernando Prestes, nº 74, ao lado da estação Tiradentes do Metrô).
A expectativa é que compareçam caravanas de todo o estado. Se você organizar uma caravana, atenção para o procedimento: traga a nota fiscal e o boleto de pagamento (que devem conter o CNPJ do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza, que é 00175847/0001-07). Em caso de dúvida, comunique-se com o Sindicato, com Denise (sinteps.denise@uol.com.br) ou Érica (erica.adm@sinteps.org.br), pelo fone 11-3313.1528.
Próximas atividades
Na assembleia geral, foram aprovadas as atividades da primeira semana de greve. São elas:
- DIA 13 – sexta feira (pela manhã):
Realizar assembleia na unidade com todos (professores, funcionários e alunos) para:
1.    Leitura da Carta Aberta à Comunidade (já disponível no site, no link GREVE GERAL 2011)
2.    Eleição do Comando Local e
3.    Inauguração do Mural da Greve na unidade.
- DIA 13 – sexta feira (à tarde):
Ato público de lançamento da GREVE, às14 horas, no campus da FATEC São Paulo. Organizar as caravanas segundo orientações acima.
- Dia 16 – segunda-feira
·        Colocação das faixas ESTAMOS EM GREVE.
·        Distribuição de Carta Aberta.
·        Iniciar a coleta de assinatura em abaixo assinado e apoio à greve dos trabalhadores do CEETEPS
- Dia 17 – terça feira
·        Ida às Câmaras Municipais e Prefeituras (dependendo do funcionamento das Câmaras, a atividade pode ser na quarta-feira) para buscar moção de apoio das Câmaras e Manifestação Pública dos Prefeitos em apoio à GREVE.
- Dia 18 – quarta feira
. Reunião com a comunidade (pais e alunos) para informar sobre o movimento e continuar a coleta de assinaturas no abaixo assinado.
- Dia 19 – quinta feira
. Encontros Regionais organizados pelo Comando Central de Greve.
- Dia 20 – sexta feira
. Ato público na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, em São Paulo.

Quem faz parte do Comando Central de Greve
Neusa Santana Aves
Salvador dos Santos Filho
Silvia Elena de Lima
Denise Rykala
Rafic Nassin Filho
Gilberto Arantes de Freitas
Gertrudes Aparecida Lopes Pereira
Margarete Moises Angeli
Robson Luiz Manfredi
Eros Schettini Roman
Terezinha de Jesus Andrade
Rubens Leão Cavalcanti
Maria de Paula Aparecida Tavares
Luis Carlos Soares
Marcos Mendes
Tomas Fonseca
André Lopes Loula
Flávio Barboza
Célio Assunção
Tiago José Alves Pessoa
Sirlene Sales Maciel
Flavio Cordeiro de Freitas
Todos os membros do Conselho de Diretores de Base (CDB)

CHEGA DE EXPLORAÇÃO! SEM LUTA, NÃO TEM CONQUISTA! VAMOS FAZER UMA GREVE FORTE E VITORIOSA

Assembleia decreta a greve dos Trabalhadores do Centro Paula Souza

10/5/2011
Reunidos em assembleia geral nesta terça-feira, 10 de maio, os funcionários e professores do Centro Paula Souza aprovaram a greve geral. Todas as formalidades foram cumpridas pelo Sindicato (clique aqui e confira os ofícios enviados à Superintendência e ao governador Geraldo Alckmin ).
O movimento terá início na sexta-feira, 13 de maio. O ato de lançamento está marcado para as 14 horas, no prédio da FATEC/São Paulo.
A decisão da assembleia geral foi embasada nos resultados apresentados pelas assembleias setoriais (veja abaixo), realizadas nas escolas, que apontaram 60% da categoria favoráveis à decretação da greve.
As unidades que já aprovaram a greve
Durante duas semanas, diretores sindicais e voluntários percorreram um grande número de escolas, espalhadas em todo o estado. Até o final da assembleia geral desta terça-feira, 10/5, foi contabilizada a realização de assembleias setoriais em 96 escolas técnicas e faculdades de tecnologia, além da Administração Geral do Centro Paula Souza (que fica na capital). Destas unidades, 63 votaram a favor do início da greve, 31 contrárias e 4 abstenções. Em 4 unidades, a direção impediu a realização das assembleias. Nestas 96 ETECs e FATECs, figuram as maiores unidades do Centro Paula Souza, na capital e no interior.
Dentre os trabalhadores ouvidos, 60,01% disseram SIM à greve, 31,27% foram contra e 8,72% se abstiveram.
A avaliação do Sinteps é que os números são incontestavelmente favoráveis à greve e apontam uma profunda indignação da categoria com o arrocho salarial e as más condições de trabalho. A adesão deve aumentar ainda mais no decorrer dos próximos dias. Nas unidades que ainda não realizaram assembleia, isso pode ser feito a qualquer momento, com o indicativo de adesão à greve já decretada.
A seguir, confira a lista das unidades que já entram em greve no dia 13 de maio:
FATECs que já aprovaram a greve : Barueri, Carapicuíba, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, São Paulo (somente os funcionários), Zona Leste/SP, Indaiatuba, Jundiaí, Mogi Mirim, Botucatu, Itu, Sorocaba, Garça, Ourinhos, São José dos Campos, Bauru, Jaboticabal e Taquaritinga.
 
ETECs que já aprovaram a greve : Carapicuíba, Diadema, Lauro Gomes (São Bernardo do Campo), São Caetano, Albert Einstein (SP), Aprígio Gonzaga (SP), Carlos de Campos (SP), Guaianazes (SP), Guaracy Silveira (SP), Martin Luther King (SP), Santo Amaro (SP), São Paulo (SP), Zona Sul (SP), Zona Leste (SP), Conselheiro Antônio Prado (ETECAP/Campinas), Bento Quirino (Campinas), Mogi Mirim, Botucatu, Sorocaba (as duas unidades), Tatuí, Votorantim, Cândido Mota, Paraguaçu Paulista, Quatá, São Sebastião, Lins, Catanduva, Monte Aprazível, Votuporanga, Santos (as duas unidades), São Vicente, Ibitinga, Araraquara, Industrial de Adamantina, Presidente Prudente, Rancharia, Teodoro Sampaio, Penápolis, Camargo Aranha (SP), Itatiba e Rocha Mendes (SP).
Administração Central (SP) .
Os eixos da greve são: Reajuste e recomposição salarial!; Definição de política salarial!; Melhoria dos benefícios!; Democratização das estruturas de poder do Centro Paula Souza!; Defesa da manutenção do vínculo entre o Centro Paula Souza e a Unesp!
 
CHEGA DE EXPLORAÇÃO! SEM LUTA, NÃO TEM CONQUISTA! VAMOS FAZER UMA GREVE FORTE E VITORIOSA!

é pra chorar!!!!

Provocação
Governo Alckmin paga R$ 60,00 a hora aula
para artesãos. No Centro, são R$ 10,00 nas
ETECs e R$ 18,00 nas FATECs
9/5/2011
Em edital veiculado no mês de abril (nº 001/2011), a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco), autarquia subordinada à Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho paulista (www.sutaco.com.br), o governo Alckmin anuncia a contratação de artesãos que queiram ministrar oficinas e cursos. Detalhe: não é necessário comprovar nível de escolaridade e a hora aula é de R$ 60,00.
Ora, este mesmo governo tem a cara de pau de pagar R$ 10,00 a hora aula nas escolas técnicas e R$ 18,00 nas faculdades de tecnologia. Nada contra os artesãos receberem neste patamar – certamente, seu trabalho faz jus a isso–, mas é impossível não comparar os valores.
Mesmo levando em conta que os encargos trabalhistas ficam por conta do artesão, ainda assim trata-se de um valor bem acima daqueles pagos no Centro Paula Souza. Além disso, para ser professor(a) nas ETECs e FATECs, o(a) profissional tem que comprovar a escolaridade exigida para o cargo.
Se o governo do estado de São Paulo pode pagar este valor para os artesãos paulistas, certamente poderá pagar o mesmo para os professores das escolas técnicas e das faculdades de tecnologia do Centro.
Conclusão, ou você entra em greve, ou vira artesão!!!!

A meritocracia e o ilusionismo

A revista Carta Capital publicou, no dia 2 de maio, uma excelente reportagem sobre o sistema de bonificação no Centro Paula Souza. O texto, assinado pelo jornalista Rodrigo Martins, traz entrevista com Silvia Elena de Lima, diretora do Sinteps, e o depoimento de vários trabalhadores do Centro. Na edição eletrônica, a reportagem é complementada por uma entrevista com Luiz Carlos Freitas, professor do Departamento de Educação da Unicamp, a respeito dos limites, perigos e injustiças do sistema de bonificação por mérito na educação.
Ao final da matéria publicada na edição impressa (http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-meritocracia-do-ensino-paulista), e na edição eletrônica (http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-meritocracia-e-o-ilusionismo), muitos indignados trabalhadores do Centro fazem comentários. Vale conferir!

A visão do Aluno: O Bônus

O bônus para o professor é uma bonificação dada pelo estado para retribuir os bons resultados nos índices avaliativos. Em resumo, a escola que melhor se classificar, terá um maior bônus para os professores e diretores. E assim, a escola que pior se classificar, receberá um bônus menor. Parece justo, mas não é. A escola que não atinge uma boa classificação reflete as péssimas condições de educação. Salas de aula superlotadas, estrutura ruim para os estudantes. E é claro, professores extremamente mal remunerados.
Será que é tão difícil assim perceber que um professor bem pago trabalha melhor? Ser desvalorizado como é só o ajuda a ser desmotivado e conseqüentemente se preocupar menos se a aula que dá é boa ou não. E parece que eles querem desmotivar mais ainda. São capazes de retribuir a professores, como essa bonificação, o valor de trinta centavos. Pois é, quer dizer que o esforço que o professor fez preparando aulas, preparando pessoas para a vida, aumentando o conhecimento vale TRINTA CENTAVOS?
É um absurdo. Nenhum trabalho digno recebe uma bonificação de trinta centavos. É uma vergonha ver que seu trabalho valeu trinta centavos a mais no seu salário.  Cada vez mais professores formados desistem de dar aula na rede pública. O exemplo é nossa escola, onde ficamos cerca de um mês sem um professor para dar aula de Geografia e para dar aula de Gestão da Cadeia de Suprimentos e Qualidade Total, no curso de logística. E tenho conhecimento que eles saíram, pois receberam uma melhor proposta. E não tiro a razão deles.
Por isso chamo os alunos a essa luta. Pode parecer apenas uma luta dos trabalhadores pelo salário, mas não é. É uma luta pela educação da qual nós alunos somos protagonistas. Ignorar o problema é concordar com a situação atual, é concordar com a falta de professores, má infraestrutura e falta de material adequado e de direito para a educação básica. Levantemo-nos e façamos dessa manifestação uma oportunidade para soltarmos a nossa voz e pedirmos respostas. Quer mudanças? Lute por elas.

Fernanda Delforno

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mobilização, já!
Semana é decisiva para a deflagração
da greve. Entre na corrente do bem!
 
3/5/2011
Tendo em vista o calendário de mobilização para a deflagração da greve geral da categoria, esta é uma semana decisiva. Até sexta-feira, 6 de maio, devem ser realizadas as assembleias setoriais, nas unidades, para colher a opinião dos trabalhadores.
Como o Sinteps conta com apenas 10 diretores sindicais, sendo que somente três são liberados integralmente para o trabalho de base, é difícil à entidade realizar assembleias em todas as unidades, que somam cerca de 200 em todo o estado.
Por isso, está valendo a CORRENTE DO BEM: Se não há diretor sindical na sua unidade, tome a frente da mobilização como voluntário e organize a assembleia. Já temos voluntários em dezenas de escolas.
Quanto mais trabalhadores forem ouvidos, mais forte e vitoriosa será a greve!
Seja você mais um voluntário da CORRENTE DO BEM e realize a assembleia setorial em sua unidade. Depois, envie o resultado via fax (11-3313.5385), e-mail (sinteps@uol.com.br) ou correio (Caixa Postal 13.850, Cep: 01216-970 – São Paulo/SP).
Mais de 80% já dizem SIM
Várias unidades já realizaram assembleia setorial para discutir a greve geral da categoria e enviaram os dados para o Sindicato. Os resultados indicam mais de 80% dos funcionários e professores destas unidades a favor da decretação da greve.
O calendário
O indicativo da direção do Sinteps, aprovado em reunião do Conselho de Diretores de Base (CDB) de 26 de abril, é que as unidades promovam as assembleias até o dia 6 de maio. No dia 10 de maio, às 14 horas, na sede do Sinteps, em São Paulo, será feita uma assembleia geral, para tabulação dos dados e decretação da greve. A proposta é que a greve tenha início no dia 13 de maio, com ato de lançamento no Centro Paula Souza, às 14 horas, em São Paulo.
Informações no site
  Todas as informações e orientações para as assembleias estão no site, em boletins impressos e enviados por e-mail aos trabalhadores cadastrados. No site, você encontra as últimas notícias (logo na página de abertura) e, também, links específicos: “Greve geral 2011”, “Confira a Pauta de Reivindicação 2011”, “Boletins” e “Jornais”.

A hora é agora! Sem mobilização, não tem luta! Sem luta,
não tem conquista!

Mais informações

Greve e grevistas são amparados por lei
4/5/2011
Em algumas assembleias setoriais, têm surgido dúvidas sobre o direito de greve. É normal que assim seja, principalmente porque temos muitos trabalhadores recém-chegados às unidades.
É importante saber que a greve não é somente um direito legítimo dos trabalhadores, mas também tem amparo legal. Acompanhe os tópicos abaixo e esclareça suas dúvidas:
É legal o servidor público fazer greve?
O texto original do inciso VII do artigo 37 da Constituição Federal de 1988 assegurou o exercício do direito de greve pelos servidores públicos civis, a ser regulamentado através de lei complementar. Como tal lei nunca foi elaborada, o entendimento inicial – inclusive do STF – foi o de que o direito de greve dos servidores dependia de regulamentação.
Nesse sentido, e ainda na vigência dessa redação original do texto constitucional, existiram diversas decisões judiciais reconhecendo que os servidores poderiam exercer o direito de greve. Veja alguns exemplos:
Decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça diz que, enquanto não vierem as limitações impostas por lei, o servidor público poderá exercer seu direito. Posteriormente, através da Emenda Constitucional nº 19, o referido inciso VII do artigo 37 da Constituição Federal foi alterado, passando a exigir somente “lei específica” para a regulamentação do direito de greve; essa lei, embora específica, será ordinária, e não mais complementar.
Ora, lei ordinária específica sobre direito de greve existe desde 1989 (a Lei nº 7.783/89), a qual estabelece critérios regulamentares do movimento grevista. Como essa lei trata do direito de greve de forma ampla (fala sobre “trabalhadores em geral”, não restringindo sua abrangência aos trabalhadores da iniciativa privada), o entendimento tecnicamente correto é que tornou-se aplicável também a todos os servidores públicos.
Por outro lado, mesmo que se entenda que a Lei nº 7.783/89 seja norma dirigida apenas aos empregados da iniciativa privada, como inexiste norma específica para servidor público, ela pode ser aplicada por analogia, na forma prevista em lei.
O servidor em estágio probatório pode fazer greve?
No tocante aos servidores em estágio probatório, embora estes não sejam efetivados no serviço público e no cargo que ocupam, têm assegurado todos os direitos previstos aos demais servidores. Portanto, devem todos, sem exceção, exercer seu direito à greve.
Necessário salientar, neste aspecto, que o estágio probatório é o meio adotado pela administração pública para avaliar o desempenho e a aptidão do concursado para o serviço público. Tal avaliação é medida por critérios lógicos e precisos após três anos de investidura no cargo. A participação em movimento grevista não configura falta de habilitação para a função pública, não podendo o estagiário ser penalizado pelo exercício de um direito seu.
O servidor pode ser punido por ter participado da greve?
O servidor não pode ser punido pela simples participação na greve. Para o próprio Supremo Tribunal Federal, a simples adesão a greve não constitui falta grave (Súmula nº 316 do STF). Podem ser punidos, entretanto, os “abusos e excessos decorrentes do exercício do direito de greve”. Por isto, o movimento grevista deve organizar-se a fim de evitar tais “abusos”, assegurando a execução dos serviços essenciais e urgentes (quando houver).
Podem ser descontados os dias parados? E se podem, a que título?
A rigor, sempre existe o risco de que uma determinada autoridade, insensível à justiça das reivindicações dos servidores e numa atitude nitidamente repressiva, determine o desconto dos dias parados. No geral, quando ocorrem, tais descontos são feitos a título de “faltas injustificadas” Entretanto, conforme demonstram as decisões anteriormente transcritas, existem posições nos tribunais, inclusive do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que não podem ser feitos tais descontos e, muito menos, a titulo de “faltas injustificadas” - o que efetivamente não são.
O Sinteps procura cumprir todas as exigências legais para a decretação e a condução da greve, assim como fez em 2004. Naquele ano, após uma greve forte e combativa, houve negociação entre as partes e todos os grevistas tiveram seus direitos assegurados.
Para orientar a categoria, o Sinteps distribuirá uma cartilha contendo tudo o que é importante saber para que nossa greve seja bem organizada e vitoriosa.