sexta-feira, 8 de abril de 2011

Secretário ajunto afirma que valorizar salários é a meta da Secretaria de Desenvolvimento.
“Qual será o reajuste?”, questiona o Sinteps
 
1/4/2011
O Sinteps foi recebido em audiência pelo secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Pedro Rubez Jehá, nesta quinta-feira, 31/3. Também participou a superintendente do Centro, professora Laura Laganá. Pelo Sindicato, estavam presentes a presidente Neusa Santana Alves e os diretores Silvia Elena de Lima e Robson Luiz Manfredi, que entregaram a Jehá a pauta de reivindicações da categoria.
Os diretores do Sinteps enfatizaram que os professores e funcionários de ETECs e FATECs estão em data-base e que, sem qualquer reajuste há cinco anos, vivem uma profunda insatisfação. Os salários baixíssimos e as más condições de trabalho em muitas unidades, especialmente as inauguradas nos últimos anos, estão levando à perda de profissionais e a uma grande dificuldade em atrair novos.
 
 
Jehá disse que, após um “crescimento exponencial e frenético”, o momento é de usar o “freio de arrumação” no Centro. “Já estamos presentes em todo o estado e, a partir de agora, só vamos crescer pontualmente”, afirmou. Segundo ele, a diretriz do novo titular da pasta, o também vice-governador Guilherme Afif Domingos, é apostar no crescimento qualitativo de agora em diante. “O secretário é um homem do mercado e sabe que, sem salários competitivos, não é possível reter e atrair talentos.”
Neste ponto, os representantes do Sinteps o interromperam para perguntar: “Temos total concordância com esta avaliação. Se é assim, qual será o reajuste nesta data-base?”
O secretário adjunto explicou que a “valorização” a que se referiu tem a ver com o novo plano de cargos que o governo pretende implantar no Centro. Neste ponto, a professora Laura informou que o novo plano está em fase inicial de estudos.
O Sinteps argumentou que reajuste e plano de carreira são duas coisas distintas. “Não é possível esperar meses, talvez anos, para ter um novo plano de carreira. A situação salarial da categoria é dramática e exige respostas imediatas”, disseram os diretores da entidade. Eles lembraram que o plano de carreira em vigor tem apenas três anos e que, para a ampla maioria dos trabalhadores do Centro, foi decepcionante. Reafirmaram que o Sindicato tem todo o interesse de apresentar propostas para o novo plano, mas que ele precisa ser trabalhado com calma, para que atenda aos anseios da categoria. “Neste momento, o que precisamos é de reajuste.”
Frente à insistência do Sindicato de que a Secretaria de Desenvolvimento procure agendar uma audiência com o governador, Jehá disse que fará “esforços” neste sentido.
O Sinteps também questionou o secretário adjunto e a superintendente sobre o Bônus Mérito, que deixou várias unidades a ver navios e muitas outras insatisfeitas (veja matéria específica no site).

Apostar na mobilização

As primeiras reuniões do Sinteps com representantes do governo – com a superintendência, no dia 18/3, e com o secretário adjunto de Desenvolvimento, no dia 31/3 – reforçam a necessidade de construirmos uma via própria nesta data-base. Só a mobilização poderá inverter este jogo.
O governo está dando sinais claros de que a enrolação, neste ano, terá novamente a roupagem do plano de carreira. Querem que os trabalhadores do Centro esperem, pacientemente, por meses e até anos, que fique pronto um novo plano, que resolveria “todos” os nossos problemas salariais. A experiência com o plano atual mostra que não é bem assim: após 10 anos sendo “construído”, ele saiu da gaveta em 2008 e frustrou a maior parte da categoria.
Para o Sinteps, o plano de carreira deve ser democraticamente construído com a participação da categoria. Agora, a hora é de reajuste!
Por isso, é preciso apostar na mobilização. De acordo com os indicativos aprovados no VI Congresso da categoria, realizado em dezembro passado, vamos realizar uma Marcha em Defesa da Educação Profissional e Tecnológica , de 2 a 6 de maio, como mostra matéria específica no site. Na sequência, vamos preparar a greve geral dos trabalhadores do Centro.
Conquista só vem com luta!

Audiência com presidente da Assembleia

Na quarta-feira, 30/3, um grupo do Sinteps foi recebido pelo deputado estadual Barros Munhoz, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A audiência foi agendada pelo diretor Sindicato Márcio Dionísio, da ETEC Carolino da Motta e Silva, de Espírito Santo do Pinhal.
Os representantes do Sinteps entregaram a Pauta de Reivindicações da categoria, solicitando a intermediação do deputado no sentido de agendar uma reunião com o governador Geraldo Alckmin. Munhoz ponderou que considera difícil que o governador receba o Sindicato para discutir o assunto, pois há várias outras categorias de servidores na mesma situação. No entanto, comprometeu-se a pedir a atenção de Alckmin à pauta dos trabalhadores do Centro.
 
Ainda no dia 30/3, o Sinteps também esteve presente numa audiência pública na Alesp, convocada pela Comissão de Educação, com o objetivo de discutir a elaboração do Plano Estadual de Educação. Também participaram representantes de outros sindicatos ligados à educação, pesquisadores, professores e estudantes.

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